O ex-diretor de abastecimento da empresa Paulo Roberto da Costa foi interrogado nesta terça-feira (10), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a estatal no Senado. Ele é um dos investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), suspeito de ter desviado recursos na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, em parceria com o doleiro Alberto Youssef, preso desde março deste ano.

“Essa é uma história inventada e fora da realidade. Ela destruiu meu nome e minha reputação, baseada em falsas premissas. Não tive direito de resposta e nem condições de defender porque fiquei 59 dias recluso. Não houve lavagem de dinheiro da Petrobras e não existe contrato superfaturado”, afirmou Costa.

O ex-diretor acusou a imprensa por divulgar “dezenas de fatos irreais". "A Petrobas é uma empresa séria e competente. Muita coisa foi dita de forma antiética e sem provas. Colocaram minha figura em posição extremamente delicada e sem fundamentos. Não se joga na lata de lixo meus 35 anos de Petrobras, como fizeram. Prejudicaram minha história e minha família”

Ele admitiu que conheceu Youssef, e disse que prestou serviço de consultoria sobre a compra da empresa Eco Global – que estaria prestes a assinar contrato com a Petrobras. Como pagamento, o doleiro teria dado, ao ex-funcionário da petrolífera, um veículo Land Rover. “A consultoria foi acertada em 330 mil, mas o Youssef perguntou se poderia pagar com essa Land Rover que custaria R$ 300 mil mais 50 mil da blindagem feita em São Paulo. Como eu estava procurando um carro novo, aceitei. Mas foi para pagar pela consultoria”, contou.

Redação Bahia no Ar