O Parlamento tailandês, nomeado no ano passado pela junta militar no poder, votou hoje (23) a favor do afastamento da vida política, por cinco anos, da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra. No total, 190 membros votaram a favor do afastamento, enquanto 18 deputados votaram contra e oito abstiveram-se.

Yingluck Shinawatra deve ser acusada de corrupção, crime punido com dez anos de prisão. “O Ministério Público estudou os testemunhos e as provas apresentadas pela Comissão Anticorrupção e está de acordo sobre o fato de que o processo permite acusar Yingluck", disse o procurador Surasak Threerattrakul aos jornalistas.

Irmã do antigo chefe do governo Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 por um golpe de Estado, Yingluck Shinawatra foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Tailândia.

O país, dividido entre apoiadores e adversários dos Shinawatra, enfrenta uma crise política recorrente desde o golpe militar de 2006, que derrubou Thaksin, que está no exílio. Thaksin e os seus aliados ganharam todas as eleições desde 2001.

Os militares tailandeses protagonizaram 19 tentativas de golpe, das quais 12 bem-sucedidas, desde a queda da monarquia absoluta em 1932. As informações são da Agência Brasil.