A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, anunciou esta semana que todos os protetores solares comercializados no país deverão proteger contra os raios UVA e UVB (ultravioletas A e B), além de apresentarem fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15.

O objetivo das mudanças é facilitar a escolha e proteger os consumidores dos riscos de queimaduras solares, do envelhecimento precoce da pele e do câncer de pele.

No Brasil, os fabricantes de protetores solares não são obrigados a acrescentar em seus produtos a proteção contra os raios UVA, e os que o fazem não precisam apresentar essa informação no rótulo.

A FDA também decidiu banir dos rótulos os termos “bloqueador solar” e “à prova d’água”, com o argumento de que eles são enganosos, ou seja, não entregam o benefício que prometem.

O termo “resistente à água” poderá ser usado, desde que os rótulos indiquem o tempo que o produto resiste na pele após o contato com a água.

As mudanças devem entrar em vigor a partir do próximo verão americano (junho de 2012).

A queimadura solar é causada principalmente pela radiação ultravioleta B, enquanto as radiações UVB e UVA contribuem para o câncer de pele e o envelhecimento precoce.

Para serem vendidos nos Estados Unidos, os protetores solares deverão ser aprovados em um novo teste de proteção de amplo espectro e os que demonstrarem ter FPS igual ou superior a 15 poderão, pela primeira vez, incluir a declaração “Se utilizado conforme orientações, este produto pode reduzir o risco de envelhecimento precoce da pele e de câncer de pele quando utilizado junto com outras medidas de proteção solar”.

Tais medidas incluem a utilização de roupa protetora e buscar a sombra sempre que possível.

Além das novas diretrizes, o FDA está propondo uma norma que impeça os fabricantes de protetores solares de reivindicar um fator de proteção solar superior a 50, devido à falta de um benefício adicional significativo, segundo evidências científicas.

A agência também pretende estudar se os protetores solares em aerossol oferecem proteção adequada e se a inalação desses produtos deve suscitar preocupações em matéria de segurança.

*Com informações: IG