O número de bairros de Camaçari afetados por um forte odor, supostamente oriundo do Polo Industrial, vem crescendo vertiginosamente e segue atrelado a quantidade de registros de problemas de saúde, em consequência da ruim qualidade do ar na cidade.

Enquanto os relatórios da Cetrel (Empresa de Proteção Ambiental do Polo Industrial) insistem em alegar que o ar do município está dentro dos parâmetros, inúmeras pessoas reclamam do odor sentindo todas as noites e relatam prejuízos a saúde, a exemplo de dificuldade respiratória e forte ardência nos olhos e nariz.

No que tange a Prefeitura de Camaçari, o problema enfrentado pelos munícipes parece ainda não ter causado grande preocupação, pois o executivo continua atuando juntamente com a Cetrel a fim de identificar a origem o odor. O que no mínimo é questionável, já que os relatórios da Cetrel afirmam uma coisa e o olfato da população diz outra.

No âmbito do Legislativo, a busca por explicações começou com a mobilização da Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social, a qual é composta pelos vereadores Patrícia Oliveira (PT), Elias Natan (PV) e Neilton da Silva (PSB), porém estes logo que participaram de reunião com a Cetrel e foram informados pela empresa de que tudo estava ‘bem’ não tocaram mais no assunto, ao menos publicamente.

O único representante do Legislativo municipal ainda mobilizado é o vereador Jackson Josué (SDD), que através de rede social informou que terá um encontro com o promotor de Justiça do Meio Ambiente de Camaçari, Luciano Pitta, na próxima terça-feira (28), para discutir sobre a situação e buscar uma solução para o problema.