Foto: Divulgação Sinspeb.

A farra corre solta dentro dos muros da penitenciária Lemos de Britto, em Salvador. Fotos encontradas em celulares apreendidos por agentes penitenciários em 2014 revelam como os "chefes do crime” custodiados na penitenciária tinham acesso a privilégios como cerveja, churrasco e até bicicleta ergométrica dentro da unidade. Em algumas celas têm até liquidificador e ventiladores.

De acordo com o sindicato dos agentes penitenciários da Bahia (Sinspeb), também há livre entrada de pilhas de refrigerante, de frango, de feijão e de carne. Os produtos são vendidos pelos próprios presos. O presidente Sinspeb, Reivon Pimentel, até prostitutas têm acesso à penitenciária, após negociação entres os próprios detentos. De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (2), munidas com os nomes dos "chefes", as prostitutas passam pela portaria com facilidade para realizar programas. "Até caminhão-baú fechado entra no complexo e ninguém revista", disse Pimentel.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pode resultar na interdição da Lemos de Britto. E, em nota, o governo da Bahia, responsável pela administração do local, disse que existe "um pouco de exagero" nas denúncias apresentadas pelo sindicato, mas que serão tomadas medidas de fiscalização.