Um garoto de apenas 15 anos ficou tetraplégico apos sofrer um golpe durante uma luta de jiu-jitsu no Espírito Santo.

A luta ocorreu no dia quatro de gosto e atleta Gabriel Diniz ainda está internado em um hospital de Vila Velha. Após o incidente, a Federação de Jiu-Jitsu do Espírito Santo (FEJJES) proibiu os confrontos entre atletas de categorias diferentes, já que o adversário do garoto tinha 20 anos.

"Alguns do juvenil já lutam no adulto e têm obtidos resultados. Na primeira etapa, ele entrou no juvenil e não teve competidor, e ficou em segundo no adulto. Agora entrou direto no adulto e na semifinal infelizmente isso ocorreu", declarou Agnaldo Góes, presidente da entidade, ao site Uol.

Ainda segundo o dirigente, a Federação está dando todo suporte ao atleta que já passou por duas cirurgias e não sabe se voltará a andar. "Temos acompanhado a situação, eu fui ao hospital. Buscaremos ajuda financeira, reunindo os professores do Espírito Santo, para fazer um seminário para arrecadar ajuda", completou Góes.

"Ele já ficou com um quadro de tetraplegia no momento da queda mesmo. Tudo o que se está sendo feito é no objetivo de diminuir as lesões medulares. Não há como quantificar o grau de lesão na medula dele. Não existe nenhum exame que comprove o quanto se foi machucado. Só o tempo dirá.

A gente fez o que podia para descomprimir e estabilizar a coluna dele. Agora é questão de tempo para saber se ele terá a capacidade de recuperar os movimentos. Não há como dar um prazo", disse o médico José Lucas ao GloboEsporte.com.

O primo de Gabriel, Pablo Fernandes, questionou a legalidade do golpe aplicado pelo adversário do adolescente durante a luta. "Sabemos que ele não fez por maldade, mas ele agiu com excesso. Por diversas vezes ele tentou tirar o Gabriel do chão. Então ele faz uma força desproporcional, até conseguir tirar parte do corpo do Gabriel e acontecer o choque da cabeça com o chão", diz Pablo.

Mas o técnico de Wesley Marques, de 19 anos, adversário de Gabriel, diz que o golpe é permitido. Para Fabiano Lemos, o que aconteceu foi uma "fatalidade". "É um golpe legal, normal na academia. É um movimento que se faz para passar a guarda, mas infelizmente ocorreu essa fatalidade", diz.

Gabriel agradeceu as mensagens de apoio que tem recebido. "Quero agradecer a todo mundo aí que está rezando, e que eu consiga logo uma vaga para fazer minha reabilitação e voltar logo para os tatames", disse. As informações são do Correio.