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Com oito dias para o final do mandato, no último dia 23, o governo de Minas Gerais, ocupado pelo grupo político do senador Aécio Neves (PSDB), divulgou informações sobre os gastos com publicidade feitos pela administração desde 2003, ano em que o tucano assumiu a chefia do Executivo estadual. De acordo com os dados divulgados pelo jornal O Estado de São Paulo, foram repassados, entre 2003 e 2011, mais de R$ 1,1 milhão às três rádios e ao jornal pertencente à família do então governador. A medida teve como objetivo contestar acusações do PT e investigações do Ministério Público.

Após a divulgação dos dados, o PT se posicionou sobre a medida do governo mineiro: “Mais uma vez, o PSDB despreza a inteligência dos mineiros e das mineiras. Somente agora, no apagar das luzes de um governo que esteve à frente do Executivo estadual durante doze anos, a Subsecretaria de Comunicação de MG disponibiliza os gastos com publicidade no Estado”.

Em nota, o diretório do PSDB em Minas afirmou em nota que os gastos com propaganda direcionados às empresas da família Neves não consideraram “privilégios ou discriminações” e se baseiam em “critérios técnicos”. Como exemplo, o comunicado cita os investimentos em valores superiores em veículos de adversários políticos como a rádio Sucesso FM, do ex-senador Hélio Costa e a rádio Espacial, do ex-deputado Antônio Júlio, também peemedebista. De 2003 a 2011, a rádio Arco Íris, franqueada da rádio Jovem Pan FM em Belo Horizonte, teria recebido R$ 1,06 milhão; as rádios São João del Rei S/A e Vertentes FM, ambas em São João Del Rei, receberam um total de R$ 51,8 mil; já para o jornal Gazeta de São João Del Rei, foram R$ 45,5 mil entre 2003 e 2011.

Na nota, é mencionado também que as três empresas pediram para serem retiradas do cadastro da Subsecretaria de Comunicação do Governo de Minas em 2011, após denúncias de favorecimento feitas pelo PT.