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Mesmo com o pedido do governo federal, O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) declarou na última (6) que não irá revisar os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que mostraram o aumento da miséria em 2013. Na quarta (5), os dados divulgados pelo instituto Ipeadata mostraram que o número de pessoas com renda per capita inferior à linha extrema de pobreza apresentou uma alta, em contrapartida do que apontavam os outros índices. Desde 2003, o número de pessoas na miséria não apresentava valores crescentes.

"Por [a Pnad] ser amostral, o total de indivíduos sem declaração de rendimentos tem flutuação anual diferenciada. Além disso, uma parcela também anualmente distinta dos informantes se recusa a prestar informação sobre a renda. Os métodos para os cálculos com a variável renda e as demais variáveis devem, portanto, considerar as possíveis flutuações existentes nas variáveis utilizadas. A Pnad 2013 seguiu a sua metodologia de coleta das informações como planejada e seus resultados não serão revisados pelo IBGE", informou o órgão em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo.

Nos últimos dois dias, os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) afirmaram que desconfiam dos dados da Pnad, e que o governo pediu ao IBGE para que eles fossem analisados novamente.