A tarde e a noite do último domingo (16) não foi dos mais tranquilos no município de Euclides da Cunha, localizado a 311 km de Salvador. Um grupo de indígenas invadiu a Delegacia de Polícia local e apedrejou viaturas e a estrutura da unidade.

O objetivo do grupo foi tentar linchar o criminoso identificado como Edson Santos da Silva acusado de matar uma criança, João Nelson Ferreira, de dois anos, e ferir gravemente a família da vítima com golpes de marreta e facão.

A polícia teve dificuldades para impedir que os manifestantes invadissem a delegacia, e precisou utilizar sprays de pimenta e bombas de efeito moral no grupo.

O acusado do crime foi transferido para a Penitenciaria de Serrinha, pois os detentos do complexo local também estavam querendo matar Silva.

Indignados por não conseguirem linchar o criminoso, os indígenas bloquearam a BR-116 queimando pneus na pista da rodovia.

João Nelson Ferreira e a mulher Raimunda Pereira Santana, de 42 anos, que está grávida, foram levados junto com a filha Maísa Santana, 4, para o HGE (Hospital Geral do Estado), em Salvador, por conta da gravidade dos ferimentos. A adolescente Vitória Santana, 13, foi internada em estado crítico no Hospital do Subúrbio, após sofrer afundamento no crânio. Outro filho do casal, Aurino Santana, 6, sofreu ferimentos leves e foi internado no Hospital Municipal de Euclides da Cunha.

Segundo o delegado titular da região, Paulo Jason, a motivação do crime teria sido o medo de ser reconhecido após o suspeito ter tentado e não ter conseguido abusar sexualmente da filha mais velha, Vitória Santana. O delegado ainda disse que Silva teria confessado que a intenção dele era de matar a família toda.

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