A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito de morte de Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, a auxiliar de serviços gerais que foi baleada no Morro da Congonha, favela da cidade, e arrastada por aproximadamente 350 metros em uma viatura da Polícia Militar, no dia 16 de março.

A investigação teve duração de dois meses e indiciou seis PMs. O tenente Rodrigo Boaventura e o sargento Zaqueu Pereira Bueno responderão pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e fraude processual. O cabo Gustavo Meirelles, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, e o sargento Alex Sandro da Silva Alves vão responder por fraude processual.

Os subtenentes Adir Serrano e Rodney Archanjo têm envolvimento em pelo menos 62 autos de resistência (registros de mortes de suspeitos em confronto com a polícia) desde o ano de 2000.

Quando Cláudia estava sendo transportada pela viatura até o Hospital Carlos Chaga, a tampa do porta-malas abriu e a mulher ficou presa ao para-choque por um pedaço de roupa. Ela foi arrastada pelo asfalto e parte do corpo foi dilacerada. Apesar disso, o laudo do Instituto Médico-Legal apontou que a causa da morte foi o tiro que atingiu o coração e pulmão de Cláudia.

Redação Bahia no Ar