O corpo do bailarino Ronaldo Pepê Santos, de 40 anos, foi enterrado no início da tarde desta segunda-feira (16) no Cemitério Campo Santo, em Salvador. Integrante do Balé Folclórico da Bahia, Ronaldo foi morto a facadas na madrugada de domingo (15), em casa, uma quitinete na Rua do Alvo, bairro da Saúde.

Segundo vizinhos do bailarino, o crime foi praticado por um homem branco, identificado como “Galego”, que havia chegado com ele, no local do assassinato. Esta informação foi recebida pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), diante da suspeita dos moradores de se tratar de um crime de homofobia. Apesar da denúncia dos vizinhos, o nome não é confirmado pela assessoria da Polícia Civil do Estado. Segundo o órgão, há um suspeito já identificado, mas seu nome será mantido em sigilo para que o andamento das investigações não seja prejudicado.

Segundo informações de vizinhos, por volta das 3h50, foi ouvido um barulho de alguma coisa caindo dentro da casa e, às 4h15, o homem foi visto saindo do local, levando um notebook e com os pés sujos de sangue. O corpo do bailarino só foi encontrado, por volta das 8h, depois que a polícia foi avisada pelos vizinhos da vítima sobre o que teriam visto acontecer na madrugada. Quando a porta foi arrombada, a polícia encontrou o corpo dele e a casa estava suja de sangue.

O caso continua sendo investigado pelo delegado Guilherme Machado, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Estatística

De acordo com o presidente de honra do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, este ano sete homossexuais foram mortos vítimas de homofobia na Bahia. No ano passado, foram 25 mortes no Estado.

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