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O ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa Jaques Wagner poderá ser testemunha do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, que está preso desde novembro na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, na operação Lava-Jato. Advogados Pessoa, acusado de coordenar o “Clube das Empreiteiras”, querem ouvir ministro da Defesa, ex-ministro das Comunicações, além de quatro deputados federais. Além de Wagner, ele quer incluir como testemunhas, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à Presidência da Câmara, além do ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo e outros três deputados federais: Paulinho da Força (SD-SP), Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).

No início de janeiro, ele divulgou uma carta levantando suspeitas nos contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras, além de recursos doados para a campanha da presidente Dilma Rousseff. “Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma) está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será se (sic) falarão sobre vinculações campanha x obras da Petrobras?”, questionou. “Vale para o Executivo também. As empreiteiras juntas doaram para a campanha de Dilma milhões. Já pensou se há vinculações em algumas delas. O que dirá o nosso procurador-geral da República. STF a se pronunciar”, acrescentou.

O empreiteiro também afirma que o esquema desvendado pela Polícia Federal pode ser maior: “A Operação Lava-Jato vai caminhando e está prestes a mostrar que o que foi apresentado sobre a área de Abastecimento da Petrobras é muito pequeno quando se junta tudo a Pasadena, SBM, Angola, esquema argentino, Transpetro, Petroquímica e outras mais. Ah, e o contrato de meio ambiente na Petrobras Internacional? Se somarmos tudo, Abastecimento é fichinha”, escreveu.