Matéria veiculada neste domingo (10) no The New York Times destaca a revolta dos soteropolitanos diante do que chama de “realidade escura” da capital baiana, ao citar a violência que transformou a cidade “bastião da cultura popular brasileira” na capital de homicídios do país, em meio a um trânsito que está entre os mais caóticos e violentos das cidades sul-americanas. A publicação cita a metamorfose de Salvador, de um “distrito litorâneo elegante”, em área de criminalidade e prédios abandonados, “melhor descritos como ruínas”, e ouve o antropólogo Antonio Risério.

“Não somos uma cidade falida, mas somos um lugar onde a classe média vive com medo”, resume o baiano ao jornal, depois de citar a mediocridade dos “nossos líderes políticos”.

O New York Times compara a capital da Bahia a outras grandes cidades brasileiras. “Salvador tem hoje mais homicídios por ano que qualquer outra metrópole brasileira, incluindo a megacidade São Paulo, que é quatro vezes maior”, informa, ao relatar a forma “surreal” e “aguda” que a violência cresceu entre os soteropolitanos.

“Vítimas de homicídios têm sido encontradas decapitadas, como o caso do corpo achado depois de ser torturado em uma via até o aeroporto, como no caso do suspeito de estupro que sofreu uma emboscada de moradores em uma favela chamada Bairro da Paz”, diz o texto, que lembra ainda a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle, no bairro de Ondina, após uma briga de trânsito com a médica Kátia Vargas, no mês de outubro.

Informações são do Bahianoticias/Bahianoar