O jovem, José Vânio Pereira Neto,21 anos suspeito de praticar homicídio e roubos assassinado por quatros homens encapuzados que o tiraram de dentro da carceragem na delegacia de João Dourado, distante 432 quilômetros da capital baiana. De acordo com a polícia, o crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (20).

Com informações do jornal A Tarde, o corpo do jovem foi encontrado com várias perfurações de arma de fogo em uma estrada vicinal próximo do povoado de Macedônia, na zona rural do município, após ser retirado da delegacia.

Ainda segundo a publicação, José Vânio, conhecido como Cabeleira, foi preso na madrugada da última sexta-feira (17) enquanto serrava as grades da detenção na cidade de Lapão para resgatar homens presos no local. Ele entrou pelo telhado da delegacia e, antes de ser preso pelo carcereiro de plantão, revirou tudo em busca de objetos de valor.

No sábado (18), ele foi transferido para João Dourado, já que a delegacia de Lapão é considerada pouco segura. Antes de ser deslocado, em depoimento à delegacia de Lapão, Claudia Pugliese, ele não disse os nomes dos presos que pretendia libertar, mas confessou ter atirado no segurança Cícero Severino há cerca de 10 dias durante uma festa.

Cícero, que estava internado no Hospital Regional de Irecê, morreu no domingo (19). Para a delegada, José Vânio revelou que ganharia R$ 2.500 para matar Cícero, mas não revelou quem foi o mandante. O delegado de João Dourado, Paulo Ribeiro de Souza, ouviu os cinco presos que permanecem na cadeia, após invasão à delegacia que resultou na retirada de Cabeleira.

Segundo ele, o carcereiro do turno da noite dormia em uma sala anexa ao prédio da cadeia. Os invasores chegaram sem fazer barulho e abriram todos os cadeados com alicate de pressão. “Presos da cela ao lado disseram que não ouviram ou perceberam nada”, contou o delegado ao A Tarde. Dos oito detentos que estavam na carceragem, dois deles, Paulo Sérgio Marques e Fabiano Moutinho, presos de Irecê e com mandato de prisão em aberto, aproveitaram a ação para fugir e ainda não foram capturado.

Os presos que testemunharam a ação não identificaram nenhum dos invasores, pois, de acordo com os depoimentos, todos estavam encapuzados. Segundo eles, o grupo portava armas como pistolas e rifles e levaram José Vânio usando um veículo. “Abrimos um inquérito para identificar os responsáveis pela invasão à cadeia e pela morte do preso”, afirmou o delegado ao jornal.