A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento do habeas corpus requerido pela defesa do vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia. O processo que deveria ser julgado ontem foi transferido para a próxima terça-feira (27), quando os ministros vão analisar pedido de prisão domiciliar. A liminar que pedia a libertação de Prisco foi rejeitada pelo ministro Ricardo Lewandowski no mês passado.

No último dia, 3, deste mês, o vereador passou mal no Presídio da Papuda, no Distrito Federal (DF) e estava internado no Hospital Asa Norte de Brasília, na ala destinada a homens que estão detidos. Prisco voltou para o presídio nesta terça-feira (20). A defesa do edil pediu ao Supremo que ele cumpra prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde.

Uma junta médica, formada por dois profissionais do setor de saúde do STF, fez um relatório, a pedido de Lewandowski, e concluiu que Prisco "não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar". Com base na conclusão, na última sexta-feira (16) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o vereador seja transferido para o presídio federal em Porto Velho.

Marco Prisco que é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador pelo PSDB em Salvador foi detido no dia 18 de abril, mas foi transferido para a Papuda, porque a ordem judicial determinou que o edil ficasse recolhido em instituição prisional federal.

Ele liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, encerrado no dia 17 de abril. A prisão do vereador, no entanto, foi motivada pela greve do ano de 2012, também liderada por ele. No ano passado, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante essa paralisação.

Redação Bahia no Ar