A Justiça concedeu na sexta-feira (12) a liberdade provisória às duas jovens presas com um carro roubado no Vale do Ogunjá na última terça-feira (9). Sendy Gabrielli Gomes, 27, e Débora Ruth Carvalho de Menezes, 19, vão responder em liberdade por receptação. Elas negam o crime e dizem que o carro, um Palio, foi emprestado por um amigo.

A defesa de Sendy e Débora está sendo feita pela Defensoria Pública do Estado da Bahia, que entrou com o pedido de relaxamento da prisão. As duas jovens compareceram ao Fórum Criminal do Tribunal de Justiça, em Sussuarana, para uma conversa com a juíza Andréa Miranda, da 2ª Vara Criminal de Salvador, que tomou a decisão.

Segundo o TJ, a Defensoria alegou que as duas não têm antecedentes crimnais, possuem renda, residências fixa e não comprometem o seguimento do processo.

Apesar da Polícia Civil informar que recebeu mais de 100 telefonemas com denúncias contra as jovens, até o momento nenhuma queixa foi feita. A polícia investiga o assunto. A juíza determinou ainda que o inquérito seja encaminhado para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), que deve investigar as acusações de associação ao tráfico.

Para serem soltas, cada uma delas pagou uma fiança de dois salários mínimos. Elas não podem sair da cidade sem autorização da Justiça e devem se apresentar a cada 30 dias para prestar informações.

Crime

As duas foram presas terça-feira no Ogunjá em uma blitz da PM quando foram flagradas conduzindo um carro roubado. O veículo — um Palio Fire branco, de placa original OKO 8596 – estava com a placa NZZ 0215, pertencente a uma caminhonete L-200 prata.

Na quinta, Débora foi visitada pelo pai. A mãe de Sendy, que é de Itabuna, deve chegar hoje em Salvador. Em entrevista à TV Santa Cruz – afiliada da TV Bahia, em Itabuna -, a mãe de Sendy afirmou que más companhias influenciaram a filha.

A mãe da jovem falou que ela foi criada na família evangélica, indo para a igreja regularmente. Ela teria estudado só até o sexto ano do ensino fundamental. No Acupe de Brotas, onde Sendy e Débora residem, os moradores se dizem surpresos com a notícia da prisão.

O porteiro do condomínio Novo Horizonte, onde elas moravam, Mário de Jesus, disse que Sendy mora há mais de dois anos no local, mas não aparecia lá há oito dias. Próximo ao condomínio de Sendy, na rua Cruz de Souza, mora a família de Débora. As informações são do Correio.