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A Polícia Federal abriu inquérito para investigar possíveis fraudes em contratos da Petrobras com a empresa baiana GDK nesta terça-feira (27). A empresa apareceu no depoimento do doleiro Alberto Youssef que entrou no sistema da Justiça Federal nesta segunda-feira (26). Em um acordo de delação premiada, ele disse que a GDK era uma das empresas que pagavam propinas a funcionários da estatal para fechar contratos de obras.

A empresa baiana havia sido citada no escândalo do mensalão, em 2005, e da construção da Plataforma p-51, da Petrobras, em 2002. A GDK presenteou o então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, com um jipe Land Rover – o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, também estava na lista, mas recusou o “mimo”. A GDK pediu recuperação judicial em 2013 e já apareceu anteriormente na Operação Lava Jato. Documentos apreendidos com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mostravam que a empreiteira havia pago à empresa dele por serviços de assessoria.

Os sócios da GDK que devem ser intimados a depor para a Polícia Federal, em Curitiba, são César Oliveira e José Paulo Santos Reis. Além da empresa baiana, os inquéritos vão apurar a possível participação das empresas MPE Montagens e Projetos Especiais, Alusa Engenharia, Promon Engenharia, Techint Engenharia e Construção, Construtora Andrade Gutierrez, Skanska Brasi, Schain Engenharia, Carioca Christiani Nielsen Engenharia e Setal Engenharia Construções e Perfurações.