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Após o episódio de agressões envolvendo os vereadores Leo Prates (DEM) e Marcell Moraes (PV) na sessão da Câmara dos Vereadores de Salvador da última quarta-feira (12), os edis deram suas versões do fato ocorrido, em entrevista ao site Metro1. Desmentindo o fato de que a briga ocorreu por causa de uma acusação feita por Moraes sobre a empresa de um familiar de Prates, o democrata disse que tudo começou por causa de um requerimento de dissolução da Comissão Especial do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), feito pelo por ele na última terça-feira (11). "Eu pedi a dissolução da Comissão do PDDU, pois nem o líder do governo nem o da oposição foram ouvidos para indicar membros. O que fere o regimento interno", disse Prates.

Sobre a agressão, Prates disse que, ao afirmar que iria entrar com uma ação contra Moraes, o mesmo teria se irritado e atirado uma pasta nele. "Eu estava na parte de cima da Câmara, na mesa diretora, e o vereador Marcell, que é pequeno, atirou uma pasta contra mim", disse o vice-líder do governo na Câmara, que afirmou não ter sido atingido pela pasta arremessada.

Ainda segundo o democrata, o seu pedido de dissolução da Comissão deixou o vereador Marcell Moraes muito irritado, o que fez com que ele enviasse mensagens "desaforadas" para Prates através do WhatsApp. "Ele enviou mensagens desaforadas e com ameaças para mim. Por isso dei entrada na Comissão de Ética da Câmara e vou dar entrada na Justiça criminal", declarou.

Já o vereador Marcell Moraes, recém-eleito deputado estadual, confirmou que o motivo da discussão foi por causa da empresa de um familiar de Leo Prates, e classificou como "lamentável" o fato da confusão ter ocorrido. "Eu estava em meu pronunciamento questionando como vereador sobre a participação de uma empresa do primo do vereador Prates, que foi a segunda que mais recebeu incentivos do Legislativo. Foi lastimável e nós perdemos a cabeça. Aqui [Câmara] é a casa do debate e não do debate físico", declarou Moraes. Ele ainda criticou a participação de Léo Prates no governo do atual prefeito ACM Neto. "É lamentável que um vereador, que tenha um grande histórico de perder a cabeça, seja vice-líder do governo na Câmara", declarou.