Após a formação das chapas do governo e da oposição, a expectativa recai sobre a composição da pré-candidata a sucessão, a senadora Lídice da Mata (PSB). A líder socialista no estado retornou ontem de Medellin, na Colômbia, onde representou o Senado no 7º Fórum Urbano Mundial e já conversou com lideranças políticas a fim de definir alianças e movimentar a sua pré-campanha ao governo.

“Tive conversas exploratórias com várias lideranças políticas. Na medida em que avançarem os diálogos é que iremos anunciar”, afirmou a senadora para a reportagem da Tribuna.

Já foram cogitados como supostos aliados do PSB, o PPS do líder do governo na Câmara de Vereadores, Joceval Rodrigues, o PSDC, PRP, PMN e o PTdoB. Haveria expectativa em torno do PDT, do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que é muito amigo da senadora, mas nos bastidores há quem reforce a dificuldade de ser formada a aliança, diante da integração do partido ao governo Wagner. Entretanto, se aposta em possíveis surpresas na chapa da senadora, com partidos que já teriam conversado com o PT e a oposição, mas que não chegaram a chancelar o apoio.

Um dos articuladores, o ex-secretário de Turismo e pré-candidato a deputado federal, Domingos Leonelli também confirmou a rotina de diálogos, porém deixou claro que o partido “não tem pressa” em decidir a vice. Junto com Lídice irá concorrer ao Senado a ex-ministra Eliana Calmon. “Estamos conversando com os partidos, mas de forma muito reservada e insistindo com aqueles que estão mais próximos politicamente de nós, mas não podemos ter pressa”, afirmou.

Alternativa

O ex-secretário destacou a pré-candidatura de Lídice como um “diferencial. “É a única independente, sendo uma terceira via ao projeto do PT e o da oposição, que mostraram o velho estilo de decisão, com alguém mandando na escolha. Do lado do PT, o governador Jaques Wagner e do lado da oposição, o prefeito ACM Neto (DEM). Lídice trabalha sobre a própria liderança”, alfinetou.

Segundo Leonelli, a postulação da senadora vai alcançar as camadas da sociedade que não querem nem o atual modelo, nem o apresentado no passado. “Vamos pegar os insatisfeitos de todos os lados, mas principalmente aqueles de centro-esquerda que já não querem mais o PT, apesar de que o governador Wagner fez muita coisa, mas ainda há muito por fazer”, amenizou o ex-aliado.

A realização de seminários é uma das apostas, conforme o socialista. “O nosso projeto está comprometido em fazer uma revolução na educação. Vamos trabalhar com vários segmentos e o planejamento do programa de governo será feito de propostas consistentes. Não é reunião para promover candidato”, cutucou. Tribuna da Bahia.