Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 27, ao radialista Roque Santos, na Rádio Sucesso FM (93,1), a candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Lidice da Mata, afirmou que não foi ingrata com o Partido dos Trabalhadores quando retirou o apoio e se lançou candidata. “Se tem uma coisa que não podem dizer de mim é que houve falta de lealdade. O PT sempre teve prestigio em meu mandato, porém,esquece do apoio que recebeu do PSB em diversas eleições”, disse

Lídice foi a convidada de hoje do programa Bahia Alerta (1ª edição) que deu continuidade à rodada de entrevistas aos postulantes ao governo do estado. De forma tranquila, a candidata apresentou as principais propostas de campanha, fez algumas críticas ao atual governo e comentou sobre a significativa mudança que ocorreu na disputa para presidência da república.

"Ainda sobre o lançamento da candidatura independente, já que em eleições anteriores foi aliada do PT, Lídice argumentou que mesmo sendo um dos principais aliados de Lula, o PSB entendeu que a administração de Dilma não deu segmento ao trabalho iniciado por seu antecessor e lançou a candidatura de Eduardo Campos, segundo ela, o mesmo aconteceu com a legenda no estado, o partido entendeu que a gestão de Wagner divergiu do que foi feito no primeiro mandato. “Decidimos que era hora de nos afastar, mas, nos afastar de forma correta e democrática, para lançar um novo caminho”, disse a candidata.

Saúde, Educação e Segurança Pública, foram temas citados pela postulante como prioridades em seu governo caso seja eleita. Lidice destacou que apesar dos esforços realizados pelo governo atual na saúde muita coisa precisa ser feita como construir novos hospitais, terminar as obras já iniciadas e equipar unidades do interior com objetivo de diminuir a demanda na capital. Sobre Segurança Pública, a candidata falou sobre os investimentos que ainda precisam ser feitos na área, mas, destacou que é necessário investir ainda mais na educação pois as dois setores estão fortemente ligados.“Queremos atuar nas áreas periféricas, dar oportunidade a juventude, atuar nas escolas, projetos de inclusão social, políticas que garantam a oportunidade do primeiro emprego, e não só atuar na divulgação de projetos de repressão ao crime, eu penso que devemos trabalhar em cima do projeto Pacto Pela Vida, como foi feito por Eduardo Campos, em Pernambuco”, concluiu.

Sobre a disputa para a presidência, especificamente sobre o crescimento do nome de Marina Silva nas pesquisas – candidata que assumiu a chapa do PSB, após a trágica morte de Eduardo Campos no último dia 13, a senadora falou sobre o prestigio eleitoral que Marina tem no país, mas, reconheceu que o fato do povo ter tido acesso a história de Campos por conta de seu falecimento sem dúvida favoreceu a campanha de Marina e conseqüente colaborou para o crescimento da mesma nas pesquisas. Para Lídice a população está desacreditada com o governo atual e clama por mudança. “Eu acredito no 2º Turno, a soma dos dois candidatos que concorrem está acima do percentual da presidente Dilma, eu acredito que é uma expectativa do povo brasileiro.”, finalizou.

Por Maíra Lima