Morando há sete meses em Goiânia, onde joga como volante no Vila Nova (time da série B do Brasileirão), Radamés Martins lamenta não poder ter estado ao lado da mulher, Viviane Araújo, quando ela mais precisava. Num bate-papo com a Retratos da Vida, ele conta como o casal enfrentou a polêmica após a atriz de “Império” ter sido apontada injustamente como sendo a mulher que aparecia fazendo sexo numa rua de São Paulo.

“No dia seguinte que o vídeo vazou, ela me ligou chorando muito, dizendo que não estava conseguindo gravar direito”, revela ele, que fala ainda como mantém o relacionamento de sete anos à distância: “Damos uma namoradinha por telefone”.

Você concorda com o desejo dela de ir até o fim para descobrir quem espalhou esse boato do vídeo?

Estou apoiando nesse momento. Quero que ela encontre quem espalhou esse boato, até porque, é bom para carreira dela, para a família, fãs e amigos. Tem muita gente envolvida. Agora que foi provado que não era ela, tem que ir até o fim. Ela já superou tudo, está aliviada, mas queremos que seja feita justiça! As pessoas podem acabar com a carreira e o relacionamento de um inocente sem medir as consequências.

Como você ficou sabendo do vídeo de sexo atribuído a sua mulher?

Foi ela quem me passou o vídeo, um dia antes de a bomba explodir e tomar as redes sociais. Acompanhei tudo de longe, mas foi ela que me deu a primeira notícia.

“Fiquei muito tranquilo, apesar de não ter gostado das pessoas afirmando que era ela”

O que ela disse?

Ela falou: “olha, está rolando isso”. Me explicou tudo direitinho e disse: “estão dizendo que sou eu, mas estou te mandando o vídeo aí para você ver que não sou eu”.

E qual foi a sua reação?

Na hora que eu eu vi o vídeo, já percebi que não era ela. Sabia onde ela estava no dia do vídeo. Não me assustei. Vi e logo reparei que não era ela. Quem quisesse ver que não era ela, conseguia. Mas quem quisesse ver o vídeo e acreditar que era a Viviane, acreditava, porque a menina, realmente, parece.

E como foi a repercussão? Ouviu piadinhas?

Não. Nossos amigos acreditaram o tempo todo que não era ela. Alguns me mandaram mensagem, querendo saber como eu estava, como ela estava. Fiquei muito tranquilo, apesar de não ter gostado das pessoas afirmando que era ela. Mas ela ficou muito pior do que eu.

“A gente dá uma namoradinha por telefone, sabe como é, né?”

Como ela ficou?

Ela deu uma baqueada, sabe? Deu uma sentida. No dia seguinte que o vídeo vazou, ela me ligou chorando muito após a gravação, dizendo que não estava conseguindo gravar direito, que não estava com a cabeça no trabalho. Para ela, foi mais muito desgastante do que para mim.

Como vocês mantêm o casamento à distância?

Sempre teve essa distância entre a gente, mas sempre conseguimos conciliar. Quando eu joguei em Dubai (no Al-Jazira Club), a gente demorava um pouco para se encontrar, mas, quando ela ia me visitar, ficávamos muito tempo juntos, uns dois, três meses… Agora, vira e mexe, a gente consegue fazer uma viagenzinha.

Quando se encontraram pela última vez?

Não nos vemos há uns 40 dias. Depois que ela começou a novela, ficou mais difícil a gente se encontrar com tanta frequência. Ela não está tendo muita folga por conta das gravações, e eu estou focado nos treinos do campeonato. Tinha tempo que a gente não ficava tantos dias longe um do outro.

Como fazem para matar a saudade?

Nos falamos o dia inteiro pelo celular. A gente tenta matar um pouco da saudade assim. A gente se fala quando acorda. Já começo o dia conversando com a esposa, dando aquela palavra carinhosa. E a gente dá uma namoradinha por telefone, sabe como é, né (risos)?

Em que momento você mais sente falta da Viviane?

Já acostumei estar longe da família. Mas têm horas que as coisas ficam mais difíceis no trabalho. Sinto falta de ter alguém por perto num momento mais estressante, quando venho de um jogo que perdemos, por exemplo. E, às vezes, você precisa de uma parceira para conversar. Nessa hora bate muita saudade.

Ela costuma pedir sua autorização para sair por aqui para se divertir? Vocês entraram num consenso quanto a isso?

Não tem muito um consenso. Eu mais que deixo do que ela me deixa sair (risos). Na verdade, ela é mais ciumenta do que eu. Sou muito tranquilo. Quando ela me liga dizendo que vai sair com os amigos, que vai ao Salgueiro, que vai tomar um chope ou num show do Lulu Santos, que ela gosta, eu deixo ela ir. Mando ela ir, aliás. Digo para ela ir se divertir, e ela sempre me informa tudo o que ela faz no Rio.

E ela te deixa sair por aí?

Já comigo é um pouco diferente. Ela não aceita eu sair muito, não. Ela até pode deixa eu ir, mas a voz dela muda no telefone quando eu falo que vou sair com os amigos aqui.

E você sai muito?

Saio muito pouco por aqui com os amigos. Estou viajando demais, treinando muito, sempre na concentração… Quando estou de folga, eu só quero dormir, descansar.

Então ela morre de ciúme de você…

Sim, ela é bem ciumenta.

“Tenho certeza de que ela, uma hora, vai botar pressão e esse casamento vai ter que sair”

Pretendem oficializar a união mesmo morando tão longe?

Olha, esse é o sonho de toda a mulher: entrar na igreja, de branco… Mas eu falo que em time que está ganhando não se mexe. Digo para ela que já somos casados. Quando eu estou no Rio, moramos juntos. Sinceramente, não faço tanta questão de fazer festa, casamento na igreja, pois já me sinto casado. Mas ela quer. Tenho certeza de que ela, uma hora, vai botar pressão e esse casamento vai ter que sair.

Qual o lado positivo de morar longe da mulher?

O lado positivo de estar longe é a gente estar sempre com muito tesão, com saudade, com vontade de no ver. Aquela chama não se apaga, sabe? Estamos sempre com muita saudade. Quando nos encontramos, parece que estamos muito tempo sem nos encontrar, e fazemos aquela festa.

Dá tempo de assistir à novela “Império” daí?

Sempre fui muito noveleiro, e essa, em especial. Não fui surpreendido positivamente, porquevi toda a preparação, tudo o que ela fez para ter esse sucesso todo, e estou muito feliz por ela.

E quando vocês vão se encontrar para matar a saudade agora?

Acredito que eu consiga ir ao Rio daqui a uns 15, 20 dias. Está programado um jogo aí contra o Vasco. Acho que vai dar tempo de eu ter uma folguinha para a gente matar a saudade. Quero muito encontrá-la. *Extra Globo.