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A demora em Marquinhos Santos aparecer para a entrevista pós-jogo fez aumentar as suspeitas que ele seria demitido após a desastrosa estreia do Bahia no Campeonato Baiano, ontem, em que perdeu para o Galícia por 2×1, dentro da Fonte Nova.

Quando o treinador apareceu, a irritação era evidente na voz dele. “Não houve nenhuma conversa (sobre demissão), o trabalho continua. A estreia foi totalmente fora daquilo que imaginávamos”, já respondeu na primeira questão levantada. Marquinhos criticou a morosidade do time, ao qual comparou a uma equipe que está cumprindo tabela em alguma competição. “Estreia horrorosa, horrível”.

Para ele, o Bahia começou a se perder no final do 1º tempo e por dois motivos: falta de concentração e a saída do lateral-esquerdo Guilherme Santos, machucado. O técnico afirmou que fez o alerta no intervalo, mas a equipe não reagiu. “Raul não fez o jogo de profundidade. O time sentiu demais o empate e levou a virada”, explicou.

Camisa 9 Perguntado sobre a falta de um centroavante, Marquinhos afirmou que a quantidade de chances criadas pelo Bahia e desperdiçadas é a prova da falta que um camisa 9 faz. “Está havendo reuniões quase que diariamente. A gente tem pedido não só um 9, mas também um camisa 10, pra controlar um pouco mais um jogo”, comentou.

O treinador aproveitou para dar razão às vaias da torcida, que, após o primeiro gol do Galícia, passou a perseguir atletas como Maxi, Madson e Talisca. “Hoje, talvez, eles (os jogadores) não tiveram um bom comportamento. A torcida tem razão em vaiar esses atletas, todo o time e o comando técnico também. Porque (a atuação) foi sofrível”.

Entre os atletas, poucos se dispuseram a explicar o revés. “Não tem o que falar. Decepção, decepção”, resumiu o goleiro Marcelo Lomba.

*Correio