Uma família de Itabuna, acusa um médico de negligência pela morte de um bebê após o parto. O profissional é o mesmo que cobrou pela realização de um parto pelo SUS no início do mês de agosto.

"Não era mais para ela ter [parto] normal pelo fato da demora ela não tinha mais força e esse médico extraiu meu filho com força bruta. Ele sabia muito bem que podia ter feito a [cirurgia] cesárea e não fez. Optou pelo parto normal e quase mata minha esposa também", diz Daniel Leão, pai da criança.

Paulo Emanoel Santana Leão nasceu na maternidade Ester Gomes na segunda-feira (26), às 14h10, pesando pouco mais de quatro quilos. O bebê morreu na manhã de quarta-feira (28) e a causa, segundo a certidão de óbito, foi uma fratura no braço e sofrimento fetal.

A direção do hospital disse que uma reunião será realizada nesta quinta-feira (29) para discutir a denúncia. O médico não quis comentar o assunto com a imprensa.

Susto

Ainda segundo Daniel, o parto da mulher foi demorado e o bebê foi para o quarto com a cabeça e o braço enfaixados. "Quebrou o braço do meu filho em vários lugares, [tinha] hematoma na cabeça e no tórax da criança. Um sonho, e por causa de negligência de médico e de hospital, a gente perdeu esse sonho. Não vou calar pra não acontecer com mais ninguém", indigna-se Daniel.

Denúncia anterior

O médico obstetra que atendeu a esposa de Daniel já foi alvo de denúncia na mesma maternidade que atende pelo SUS. Ele cobrou R$1.200 para fazer o parto de uma adolescente de 16 anos. A direção do hospital obrigou o médico a devolver o dinheiro à família.

As informações são do G1.

Médico teria cobrado R$1.200 para fazer o parto de uma adolescente de 16 anos