O atendimento na rede pública de saúde do estado será suspenso a partir desta terça-feira, dia 3 de maio.

Essa foi a decisão confirmada em assembléia quando médicas e médicos que trabalham para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) avaliaram a insustentabilidade das relações de trabalho, bem como dos salários pagos pelo governo estadual, que chegou a ser classificado como um deboche.

De acordo com a categoria, a paralisação será em conjunto com o Sindsaúde, que já havia decidido, também em assembleia, pela greve por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de maio.

De acordo com representantes dos dois grupos, a greve é motivada pelas más condições de trabalho e pela má assistência à população, com hospitais superlotados e sem leitos suficientes.

Os trabalhadores ainda reivindicam melhoria salarial, com o cumprimento do pagamento da Gratificação de Incentivo de Desemprenho (GID), retroativo a fevereiro de 2010.

Ainda segundo com a categoria, o governo não cumpriu a implantação do Plano de Cargos e Salários.

Governo
O secretário de saúde, Jorge Solla, comentou que o governo sempre esteve aberto à negociação com a categoria e tem melhorado as condições de trabalho dos médicos, assim como o atendimento à população.

Segundo Solla, os salários dos profissionais foram reajustados em 250% em quatro anos da atual gestão.

Além disso, Solla ainda destacou que, após dez anos sem novas contratações, o atual governo realizou um concurso em 2008 e já convocou 5.

500 novos concursados, além de ter aberto 1.

200 novos leitos e inaugurado cinco novos hospitais.

Ele admite que a situação ainda não é a ideal e que falta muito a fazer, já que a demanda ainda é maior que a estrutura de atendimento.

O secretário disse acreditar que a iniciativa da greve esteja centrada em membros da diretoria do sindicato da categoria e que não será aplicada pela maioria dos profissionais.

Solla se reúne na tarde desta segunda-feira (2) com representantes dos trabalhadores para uma nova negociação.

* Fonte: Correio da Bahia