Um menino de quatro anos de idade se afogou em uma piscina durante uma festa de aniversário em uma casa de eventos de Ilhéus, região sul da Bahia, no dia 11 de abril. A polícia instaurou inquérito para investigar o caso em que Gabriel Siquara Costa brincava na piscina ao lado de outras crianças. Ele foi à festa com a tia, Eduarda Vanessa, que é professora de um dos aniversariantes. Ela relatou quando percebeu que o garoto tinha se afogado quando participantes da festa já estavam resgatando o menino.

"O animador acabou as brincadeiras e pediu que as crianças fossem se alimentar. Eu dei um pãozinho a ele. Ele comeu, chupou picolé e me falou que ia brincar. 'Tia, eu vou brincar'. Nesse momento que ele falou que ia brincar, eu fiquei dispersa e aí eu só dei um estalo na minha cabeça e fui logo direto atrás dele na piscina. Quando chegou na piscina, foi quando uma rapaz estava já tirando ele de dentro da piscina e colocando no chão para dar os primeiros socorros", relatou. Gabriel foi resgatado por convidados da festa e levado para o hospital, mas acabou morrendo.

Investigação

Segundo o pai de Gabriel, o convite do aniversário pedia roupa de banho, mas a piscina do espaço de eventos é de adulto. Na área da cascata onde as crianças brincavam existe um acesso fácil para a parte mais funda.

"Nos outros brinquedos ainda tinham os monitores, mas na piscina não tinha", revela Eduarda Vanessa, tia do garoto. Segundo testemunhas, o aniversário continuou mesmo depois do afogamento de Gabriel.

Na cópia do contrato de locação da casa de festas, apresentada pela família da criança, uma cláusula assinalada dispensa a colocação de tela na piscina. O dono do espaço não quis se pronunciar. Os pais do aniversariante também não falaram sobre o assunto, mas mostraram o contrato original que receberam do dono do imóvel. Uma das cláusulas fala sobre o uso da tela, mas não aparece assinalada.

Os pais do aniversariante disseram que não alugaram a casa com direito a usar a piscina. Segundo eles, a roupa de banho foi pedida para que as crianças participassem do futebol de sabão.

Porém, eles adimitiram que não pediram às crianças para saírem quando começaram a brincar na psicina.

Ainda de acordo com os pais do aniversariante, todos cantaram parabéns e continuaram a festa porque um dos convidados que acompanhou o resgate de Gabriel disse que o menino estava bem no hospital. O delegado Cedar Fontes, responsável pelo caso, informou que ainda falta ouvir testemunhas do caso para concluir o inquérito.