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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) não conseguiu localizar a presidente da ONG Instituto Brasil Dalva Sele, que fez denúncias recentemente, publicadas pela revista Veja e pelo jornal Correio, sobre o envolvimento de políticos do PT em desvios de recursos, que incluíram o senador Walter Pinheiro, o governador eleito Rui Costa, os deputados federais Nelson Pellegrino, Zezéu Ribeiro e Afonso Florence, a deputada estadual Maria Del Carmen, o ex-secretário da Saúde Jorge Solla, o ex-superintendente de Educação Clóvis Caribé, militantes e dirigentes do PT na Bahia. Após entrevista à revista Veja, Dalva Sele Paiva embarcou para a Europa, com retorno programado para o último dia 11.

A promotora Rita Tourinho disse que a última informação disponível sobre a presidente do Instituto Brasil é de que Dalva constituiu advogado para falar o processo e que, desde então, não existe outro tipo de comunicação. “Uma parte da investigação com Dalva nós passamos para o Ministério Público Federal, que também está acompanhando o caso. A última comunicação que a gente teve com ela, ela disse que tinha constituído advogado e que ele iria procurar o Ministério Público, o que ainda não aconteceu”, relatou a representante do MP-BA.

Rita Tourinho destacou também que não é possível confirmar os relacionamentos apontados por Dalva Sele com petistas, conforme denúncias à revista Veja e ao jornal Correio. “Esses desvios e as conexões com as pessoas citadas por ela não podemos confirmar. Mesmos os documentos que ela apresentou não trazem isso”, ponderou. “O que se tem, até então, são as irregularidades em diversos convênios. Encontramos um com a prefeitura de Paulo Afonso, de 2007, com indícios de desvios de recursos”, destacou.

Foto: Reprodução Veja.Denúncia feita na Revista Veja

Sobre o paradeiro de Dalva Sele, a promotora explicou que é necessário saber primeiro onde a presidente da ONG se encontra, e apontou a possibilidade de aplicar uma condução coercitiva (meio pelo qual determinada pessoa é levada à presença de autoridade policial ou judiciária independente da voluntariedade da pessoa). “Não sabemos se ela entrou no país ou não. Precisamos saber onde ela se encontra antes de tudo. Podemos, inclusive, determinar a condução coercitiva”, apontou a promotora.

Redação Bahia No Ar