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O Ministério Público Federal (MPF) decidiu, nesta quarta-feira (4), que Venina Velosa Fonseca não é mais testemunha de acusação de réus da Operação Lava-Jato. Os procuradores concluíram que os relatos de Venina sobre a estatal não são os que foram denunciados nesta fase da Lava-Jato e que a geóloga não ofereceu nenhuma contribuição relevante durante seu depoimento da última terça-feira, na audiência da Engevix em que, por mais de uma vez, Venina afirmou que a licitação, fiscalização e execução das obras da Petrobras era de “responsabilidade da área de Engenharia, da área de Serviços”.

Em seu depoimento, Venina isentou o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, réu confesso do escândalo, e negou ter provas de existência de cartel e da proximidade das empreiteiras com diretores da Petrobras. Com um relato extremamente técnico e burocrático, a geóloga causou desconforto nos advogados dos réus, que não sabiam o que ela poderia acrescentar ao processo movido contra a Engevix.

Venina falou no lugar de João Procópio de Almeida Prado, que operava as contas e off-shore do doleiro Alberto Youssef. Os advogados dele disseram que ficaria calado e que só falará nos processos em que é réu. O Ministério Público Federal pediu a troca de Almeida Prado por Venina e o juiz Sérgio Moro aceitou.