Edileuza Pinto da Silva, 30 anos, alega ter enterrado o seu filho de um ano e três meses na cidade de Mucuri, a 975 quilômetros de Salvador, mesmo com moradores da cidade consultados pela polícia afirmarem nunca ter visto a criança. No entanto, ela diz que fez o parto do filho sozinha para justificar a ausência da criança.

Segundo a delegcia do município, Edileuza prestou depoimento a polícia quando foi intimada ainda no início deste mês, por conta de uma denúncia do Ministério Público. Ela afirmou que teria até mesmo cortado o cordão umbilical da criança no parto, e por isso nenuhma enfermeira local saberia da existência da criança.

Nesta terça-feira (12), para cumprir uma decisão judicial, a Polícia Civil da cidade coordenou a exumação do corpo da criança, mas ao retirar o caixão os peritos encontraram dentro uma galinha, velas e três corações de bois, entre outras coisas, menos o corpo do filho de Edileuza. Ela deve prestar novo depoimento na Sub-delegacia de Itabatã, na tarde desta quarta-feira (13), para esclarecer o uso dos itens de ritual no caixão.

Ainda de acordo com a delegacia de Mucuri, a família reservou um dia para o sepultamento com o coveiro, mas não compareceu. No dia seguinte, 20 de outubro, eles voltaram e enterraram a criança, sem a presença do coveiro. Em seguida, ela providenciou tirou uma certidão de nascimento no cartório da cidade, com a assinatura de mais duas pessoas que são apresentadas como testemunhas no documento e que a polícia suspeita que também teriam participado do enterro.

A polícia investiga se tudo não passou de algum ritual e se a criança de fato existiu. Dentro do caixão, de tamanho infantil, também havia uma foto desbotada. A mulher pode responder por registro de nascimento inexistente.

As informações são do Correio/Bahia no Ar.