Uma jovem de Salvador perdeu a filha após entrar em trabalho de parto com fortes dores e contrações, ir ao hospital e ser mandada de volta para casa, no sábado (10), em Salvador, de acordo com os familiares. Elaine da Paixão chegou a procurar outro hospital no dia seguinte, mas, na unidade médica, foi constatado que a criança estava morta. O bebê era menina e iria se chamar Ludmila.

Fernando França, pai da bebê, disse que a esposa, de 26 anos, estava com 40 semanas e três dias de gestação quando deu entrada no Hospital Roberto Santos, período considerado seguro por especialistas para a realização de um parto. "Ela tinha sido atendida e a médica informou que ela estava com três centímetros de dilatação. A médica pediu para ela andar pelo hospital para chegar aos cinco centímetros de dilatação e aí o parto iria acontecer. Mas teve a troca de plantão e outra médica foi atender", explicou. De acordo com Fernando, a nova médica teria afirmado que a jovem estava com apenas um centímetro de dilatação e não iria ter como realizar o parto.

"Ela [a médica] disse que o certo era ir para a casa, que ela [a esposa] estava sentindo cólica, que ia dar medicamento para aliviar a dor e esperar a contração para levar ela de novo", explicou o pai. Já Ana Paula Badaró, amiga de Elaine, contou que, mesmo medicada, os sintomas persistiam. "A gente veio para casa e ela continuou sentindo as dores e contrações", disse.

No dia seguinte, domingo (11), Elaine foi levada ao Hospital Sagrada Família, na Cidade Baixa, onde foi detectado que o bebê já estava sem os batimentos cardíacos. Segundo a informação da direção do hospital, a mulher vai ficar internada até que o procedimento de retirada da criança seja concluído. Os médicos do Sagrada Família não quiseram prestar depoimentos, no entanto, segundo os parentes da jovem que tiveram acesso ao interior do hospital, Elaine passa bem, apesar de emocionalmente abalada por conta da perda.

Também visivelmente abalado, o pai da criança, Fernando França, pede que a morte do bebê seja esclarecida. "Eu quero uma explicação. Havia muita gente esperando, ligando, mandando mensagem, perguntando se minha filha tinha nascido", disse, emocionado.

Procurada, a direção do Hospital Roberto Santos, onde a família alega o erro médico, informou que irá se pronunciar depois que as causas da morte sejam devidamente apuradas pelos responsáveis. O enterro da bebê Ludmila está marcado para essa quarta-feira (13), na capital baiana. Fonte: IBahia