Uma mulher terá que pagar R$50 mil de idenização por danos morais por ter escondido do marido por mais de 20 anos que a filha que ele tinha registrado, na verdade, era filha de outro homem. A Justiça de São Gonçalo dos Campos recusou esta semana o último recurso apresentado pela mulher, que foi condenada no final de 2013.

O homem, pecuarista aposentado, começou a desconfiar da paternidade por causa de comentário que ouvia das pessoas, após o casal já ter se separado e a filha estar com quase 27 anos.

O processo corria desde 2009, quando o homem procurou uma negativa de paterninade em relação à filha da ex-mulher. Um exame de DNA comprovou que a moça não era filha dele. Foi acumulado o processo de danos morais, já que o homem estava sendo humilhado por conta da traição da ex. "Isso foi muito bem fundamento na sentença. Uma coisa é uma traição de uma mulher na cidade grande, numa capital. Mas em uma cidade do interior a repercussão é muito grande. Isso abalou muito ele e eu consegui provar. Deprimiu. Isso deprime", explica o advogado da acusação, Luís Sérgio Oliveira da Fonseca.

Com o resultado do DNA, o ex-marido buscou também a retirada de seu nome da certidão de nascimento da moça que achava ser sua filha, já que, mesmo antes do caso, eles não tinham uma boa relação.

O valor determinado pela Justiça, de R$ 50 mil, já ultrapassou os R$ 100 mil com as correções. A ex-mulher é proprietária de imóveis na região. "Já consegui bloquear um (imóvel) para poder honrar a sentença. Eu acredito que na próxima semana já vai ser penhorado", explica o advogado.

Redação Bahia no Ar