Segundo a polícia, ela usou um remédio caseiro, à base de álcool e arnica para atear fogo no marido. “Ele estava bastante queimado, a parte das costas, o peito, orelha e os braços”, conta o sargento Rodrigo Luiz de Araújo.

No depoimento, a mulher disse que apanhava do companheiro há muitos anos e nunca teve coragem de denunciar. Ela contou que na noite de quarta-feira não foi agredida, mas disse que o parceiro estava desempregado há mais de 20 dias e bebia muito. O sargento afirma que os papéis se inverteram. “De vítima ela passou a ser a agressora. Cabia muito bem uma Maria da Penha, porque há vários anos ele a agride, mas infelizmente nesse caso ela é a autora.”

O marido da mulher foi internado ainda na noite de quarta-feira no Hospital de Queimaduras, em estado grave com 55 % do corpo queimado. Foram queimaduras de 1º e 2º graus e, segundo o hospital, ele precisaria de uma UTI. Na manhã desta quinta-feira (3) o paciente foi transferido para o Cais do Jardim Novo Horizonte, onde deve ficar esperando por uma vaga em uma UTI do Sistema Único de Saúde (SUS).