O governador Rui Costa (PT) voltou a falar sobre a crise orçamentária do executivo durante participação no ato de posse do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcos Presídio, nesta segunda-feira (30).

Segundo o gestor, em janeiro de 2015 a arrecadação foi similar ao mesmo período do ano passado; em fevereiro deste ano, o valor nominal recolhido foi menor do que em fevereiro de 2014.

O balanço do mês de março ainda não foi fechado, mas, "na melhor das hipóteses", deve empatar com o mesmo período do último ano. "Avaliando o trimestre, eu arrecadei menos do que arrecadou o trimestre de 2014. Portanto, se o orçamento desse ano é maior do que o orçamento do ano passado e eu estou arrecadando menos, não precisa ser nenhum matemático para saber que eu não sei nem se vou conseguir cumprir o orçamento dos poderes, incluindo o orçamento do Executivo", disse o petista.

Na oportunidade Rui concluiu que "não há que se falar de suplementação orçamentária, uma vez que nem o atual orçamento o executivo está conseguindo arrecadar". A declaração foi feita após ser questionado sobre a suplementação orçamentária do legislativo, já que foiautorizado o aumento de verba de gabinete dos deputados da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O governador prometeu convocar uma reunião com os presidentes de todos os poderes – entre eles Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Constas dos Municípios, Defensoria Pública e Assembleia Legislativa – para expor o quadro "preocupante" e "grave" de arrecadação.

No início da tarde desta segunda, o governador se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Eserval Rocha, para falar sobre o assunto. "Todos sem exceção devem dar sua parcela de contribuição sob pena de não ter recurso em outubro, novembro, dezembro, para pagar a folha de salário", alarmou Rui. A perspectiva do governador para este ano é, no máximo, conseguir chegar ao valor que está no orçamento. "Ultrapassar em nenhuma hipótese", finalizou.