Foto: Dina Rachid/Metropress.

O perito Ricardo Molina, um dos mais renomados profissionais desta área no Brasil, esteve na manhã desta sexta-feira (29), no local do acidente que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, em Ondina. Em entrevista ao grupo Metrópole declarou que ainda não foi contratado pela defesa da médica Kátia Vargas, mas disse que a acusação é "tão absurda" que pretende assumir o caso.

Molina contou estar examinando o local, os carros e a documentação. "Estou vendo sérias contradições nos documentos que a própria polícia está emitindo. Saiu um primeiro laudo dizendo que a colisão foi exclusivamente frontal, ou seja, que não tem colisão do carro com a moto. Agora, ontem [quinta], na véspera da audiência, sai um laudo dizendo que há indícios, que há "compatibilidades", que pra mim é um termo muito vago, de que poderia ter havido um contato entre a moto e o carro. Me parece uma coisa muito conveniente para sair neste momento", disse ao grupo Metrópole.

O perito ainda foi enfático: "Eu, até agora, não vi evidência nenhuma de que tenha havido contato entre a moto e o carro. Pelo contrário. A última câmera que pega, aquela que fica ali em frente à igreja, mostra a moto indo pra um lado e o carro indo para o outro".

Molina trabalhou em casos de repercussão nacional, como os assassinatos de PC Farias e Celso Daniel, o acidente aéreo que vitimou os integrantes da banda Mamonas Assassinas e as investigações contra o traficante Fernandinho Beira-Mar.