Novas denúncias envolvendo o nome do coordenador do Geral, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenções (SINDTCC), Antônio Ubirajara Santos Souza, mais conhecido como Bira, vieram à tona na manhã desta sexta-feira, 25.

Um dia após acusar Bira de agressão, seqüestro e tentativa de homicídio, um dos diretores do sindicato identificado como Orlando Lopes, concedeu entrevista ao programa Bahia Alerta, 1ª edição, comandado pelo radialista Roque Santos.

Munido com dezenas de documentos que , segundo ele, provam diversas irregularidades nas contas do sindicato. Lopes denunciou durante a entrevista a existência de várias notas de compras e serviços mensais com valores extremamente elevados, sem qualquer justificativa que foram incluídas nas contas do SINDTICC. Entre os recibos estão aluguel de veículos, abastecimento em postos de combustível e compras em supermercado, além de pagamentos de faturas de cartão de crédito.

O diretor detalhou no ar os valores de algumas notas que variam de R$ 1.000,00 a 20,000,00 cada .“ Onde é que estão esses serviços e para onde é que está indo tudo isso eu não sei”, alegou.

Lopes falou também da existência de uma fazenda no município de São Sebastião que seria de propriedade do coordenador geral da instituição.“Ele já confessou durante uma assembléia que tinha 50 cabeças de gado leiteiro e terras”, falou.

Ainda de acordo com Lopes, Bira está à frente da administração do sindicato há 12 anos, o diretor explicou que o coordenador foi destituído, porém, se nega a deixar o cargo.“Mais cedo ou mais tarde o Ministério Publico vai ter que tomar uma providência e a Justiça vai ter que se manifestar”, falou.

Lopes ainda sugeriu que a Justiça determinasse a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico não só de Bira como de todos os diretores para ver o que seria encontrado.

“Pintor industrial 1.509,22, de salário com carro blindado e morando numa casa daquela, comenta-se na cidade que ela está avaliada em 1.150.00,00 (1 milhão e 150 mil reias)”, ironizou.

Lopes questionou ainda o relacionamento de Bira com a Central Única de Trabalhadores (CUT) e explicou que durante a campanha salarial os diretores foram impedidos de entrar no sindicato patronal para negociar.

Durante a entrevista Lopes citou também o ataque sofrido no dia anterior onde segundo ele deu entrada no Hospital Geral de Camaçari (HGC) após ser agredido por Bira e um grupo que anda frequentemente com ele. Na ocasião Lopes alegou que foi esmurrado pelo coordenador e levou até choques de uma arma de uso exclusivo da polícia. Uma queixa sobre o ataque foi prestada na 18ª Delegacia Territorial (DT/Camaçari)

Ao término de sua participação o diretor revelou que estava com medo e fez um apelo à polícia e a Justiça. Lopes acrescentou que se por um acaso alguma coisa acontecer contra a vida dele ou de algum outro diretor o fato será de inteira responsabilidade do coordenador Bira.

Redação Bahia no Ar