Deputados novatos deverão comandar pelo menos seis das dez comissões permanentes da Assembleia Legislativa da Bahia. Apenas as indicações da oposição já foram oficializadas, mas a questão está praticamente resolvida.

Os prováveis presidentes de comissões em primeiro mandato são Eduardo Salles (Educação), Alex Lima (Orçamento), Vitor Bonfim (Agricultura), Fabíola Mansur (Direitos da Mulher), Marcell Moraes (Meio Ambiente) e Hildécio Meireles (Infraestrutura e Turismo).

A Comissão de Constituição e Justiça deverá permanecer sob o comando do petista Joseildo Ramos. Saúde ficará com Alan Sanches (PSD) e Defesa do Consumidor com José de Arimatéia (PRB). Ainda não há definição sobre o colegiado de Direitos Humanos e Segurança Pública, mas já é certo que a presidência ficará com alguém do PT.

Governo e oposição

Na divisão entre governo e oposição, foi mantida exatamente a configuração da última legislatura. A oposição continua com a presidência das mesmas três comissões: Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Infraestrutura e Turismo. O governo comandará os outros sete colegiados permanentes.

Cada comissão é composta por 12 integrantes: oito titulares e quatro suplentes. Segundo o líder do governo na Casa, Zé Neto, a proporção em cada colegiado é de cinco deputados do governo e três da oposição, entre os titulares.

No caso dos suplentes, a proporção é de três para um. A lista dos membros será entregue até a próxima segunda-feira.

Na divisão por partidos ou blocos, o PT terá a presidência de duas comissões (CCJ e Direitos Humanos), e o PSD fica com Saúde. O bloco PP/PSB/PSL estará representado em dois colegiados: Educação (PP) e Direitos da Mulher (PSB). O PDT ficará com Agricultura, representando o bloco com PCdoB e PR. E o PTN comandará Orçamento, representando o bloco com PROS e PRP.

No caso da oposição, a intenção de cada bloco ficará com uma comissão: PV/DEM com Meio Ambiente, PMDB com Turismo e PRB/PSC/PSDB com Infraestrutura. Os deputados precisam ainda definir quais comissões especiais serão mantidas e se novas serão criadas.

Atrito

Ex-secretário estadual de Agricultura, o deputado Eduardo Salles (PP) pretendia ficar com a comissão relativa ao tema na Assembleia, por ser "da sua área", mas acabou frustrado pelos seus colegas.

Um deputado presente à reunião dos parlamentares governistas relatou que o tom utilizado por Salles ao reivindicar a Comissão de Agricultura irritou deputados mais experientes, que consideraram muita "ousadia" para um deputado de primeiro mandato. Como consolação, Salles ficou com a presidência da Comissão de Educação, que era comandada pelo PCdoB.*A Tarde.