Moradores continuam sem transporte no final de linha do bairro da Ribeira, em Salvador, quatro dias após um ônibus ter sido incendiado por causa de um ataque que deixou um cobrador com queimaduras no corpo de 1º e 2º graus.

Segundo informações do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, ainda há insegurança por parte da categoria. "Existe ainda uma insegurança por parte dos rodoviários. Por conta dessa sensação, não temos previsão de normalização", informa.

Recomendação

Os motoristas fazem a parada final da Baixa do Bonfim, pois não seguem pelo Caminho de Areia para acessar o bairro da Ribeira. As empresas que circulam no bairro são a Expresso Vitória, São Cristóvão, Modelo, Ondina e Praia Grande.

Conforme o secretário de Urbanismo e Transporte da capital baiana, Fábio Mota, uma vistoria está sendo realizada na manhã desta segunda-feira para verificar se o local está apto para os motoristas voltarem a circular.

"Por determinação, se constatar que tem segurança, vamos determinar que as empresas cumpram o itinerário da carga horária. Se estiver inseguro, não iremos colocar em risco a vida dos rodoviários, nem o patrimônio da concessionária. Este é o 7º ônibus queimado neste ano.

O Cobrador

Ferido em ataque ao ônibus na Ribeira, o cobrador foi transferido de hospital em Salvador e segundo a esposa da vítima, "só pensa no trabalho'.

O cobrador foi transferido do Hospital Geral do Estado (HGE) para o Hospital Teresa de Lisieux na noite de sábado (4). Segundo Eliana Andrade Silva, filha do cobrador Everaldo Oliveira Silva, de 62 anos, o estado de saúde dele continua estável na manhã desta segunda-feira. "O estado de saúde do meu pai inspira cuidados. Ele está sentindo muitas dores", disse.