O delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, responsável pelo caso, disse que foi ao local acompanhado pelo Conselho Tutelar no último dia 28 de outubro, depois de receber uma denúncia anônima. Segundo ele, o menino não é filho biológico do suspeito, mas foi registrado por ele. “Chegando lá já vimos um hematoma na perna direita, como se tivesse apanhado com um laço. A mãe acabou dizendo que ele tinha sido agredido antes dos policiais chegarem”, relata.

A equipe de policiais civis esperou o suspeito, que estava trabalhando no campo, chegar em casa para levá-lo à delegacia. Segundo Cavalheiro, ele confessou ter agredido o filho após uma travessura. “Ele disse que bateu com um relho, um tipo de chicote para bater no cavalo feito de couro de anta. Não sei se usava sempre, mas segundo as denúncias, as agressões eram constantes”, afirmou o delegado.

O menino, segundo Cavalheiro, também apanhava da mãe, que disse, em depoimento, considerar a atitude adequada para a educação do filho. “A mãe disse que cresceu com esse tipo de educação. Os pais batiam nela quando criança com varinha de árvore. Ela acha esse tipo de educação normal”, relata.

De acordo com o delegado, o suspeito já tinha passagens na polícia por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi indiciado e vai responder por maus tratos em liberdade.

O produtor rural Adaías Filho, dono da fazenda onde ocorriam as agressões disse que o funcionário foi demitido no mesmo dia em que a polícia esteve no local. Ele afirma que o suspeito trabalhava há dez dias no local. "Uma pessoa que agride um menino de 3 anos é capaz de qualquer coisa", disse. As informações são do G1.