O pedreiro William Luiz Santos da Rocha, de 23 anos, é considerado o principal suspeito do assassinato do filho, Guilherme Silva Santos da Rocha, de apenas 1 ano e 10 meses. Guilherme foi achado sem vida dentro de um riacho no Parque São Cristóvão na manhã desta terça-feira (8).

Segundo a Polícia Civil, William pegou a criança dos braços da mãe, que ia com o menino para uma sorveteria, e fugiu com ele. O pai continua desaparecido e teve a prisão temporária solicitada à Justiça.

Um bilhete escrito pelo pedreiro foi encontrado pela polícia na casa da mãe dele, que também mora no Parque São Cristóvão. Nele, havia um desenho de de um lago e a frase: "ligue para saber onde Guilherme está". No entanto, nenhum telefone estava anotado. A avó paterna da criança disse que o bilhete deveria ser entregue a um pai de santo, identificado somente como Jorge, com quem William teria um relacionamento. O pai de santo também é procurado.

O corpo de Guilherme foi removido do riacho, na rua Santa Rita, no fim da manhã, por uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT). A necropsia no Instituto Médico Legal indicará a causa da morte.

A localização do corpo de Guilherme foi informada à mãe por um desconhecido, que ligou para o celular dela – nas buscas pelo filho, ela espalhou seu número pelo bairro. Um tio da criança reconheceu o corpo dentro do riacho.

Fim de relação

A mãe da criança disse em depoimento que se separou de William há sete meses e ele vem tentando reatar a relação. Com a recusa da ex-mulher, ele chegou na casa dela no domingo e tentou levá-la à força, sem sucesso. Com isso, ele pegou Guilherme e fugiu.

Na segunda-feira (9), a mulher registrou queixa da agressão sofrida na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Ela também registrou o desaparecimento do filho na Delegacia Especial de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Ela também foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça ao saber que o corpo de um menino foi achado no Parque São Cristóvão.

O delegado Marcelo Sansão ouvirá outras testemunhas no inquérito sobre o caso. As buscas pelo suspeito continuam. Com informações do Correio.