Reportagem da revista “Veja” publicada na edição deste fim de semana afirma que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, aluga um apartamento na capital paulista que está registrado em nome de uma empresa de fachada.

O principal sócio da empresa proprietária do imóvel, segundo a revista, é um ex-funcionário da prefeitura de Mauá e que atualmente vive na periferia da cidade da Grande SP e que chegou a declarar não ter bens em seu nome.

 

Na manhã deste sábado (4), a Casa Civil da Presidência divulgou nota afirmando que o ministro “não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador” e informando que os contratos foram intermediados por uma imobiliária.

 

 

O texto de “Veja” afirma que o imóvel de 650 metros quadrados localizado em Moema, perto do Parque do Ibirapuera, está avaliado em R$ 4 milhões e o aluguel médio no prédio é de R$ 15 mil.

Segundo a revista, no 14º Ofício de Registro de Imóveis de São Paulo, o apartamento aparece registrado em nome da emprea Lion Franquia e Participações Ltda, que está registrada em nome de dois sócios.

 

O ex-funcionário da prefeitura de Mauá Dayvini Costa Nunes aparece com 99,5% das cotas da empresa.

A revista afirma ter conversado em duas oportunidades com o jovem, que tem 23 anos e é representante comercial.

Na primeira, ele teria dito que nunca teve “bem algum” e desconhecia que seu nome constasse na relação de sócios da empresa.

Em um segundo contato, ele teria admitido ter mentido na primeira entrevista e afirmou, segundo a reportagem de “Veja”, que aceitou participar da empresa Lion para ajudar parentes.

 

Além disso, a reportagem afirma que a empresa Lion usou endereço falso em todas suas operações nos últimos 3 anos.

A revista aponta que um tio de Dayvini seria o primeiro proprietário do imóvel e que esse parente responderia a 35 processos por fraudes de documentos, adulteração de combustível e sonegação fiscal.

 

Em nota, a Casa Civil informou que o aluguel do imóvel foi realizado em setembro de 2007 por indicação de uma imobiliária.

Na época, segundo o governo, o contrato foi assinado entre Palocci, os tios de Dayvini e uma imobiliária, sendo renovado em fevereiro de 2010.

A Casa Civil informou que o ministro paga aluguel regularmente e que tem os comprovantes.

As informações são do G1.

 

Veja íntegra da nota da Casa Civil

 

“Esclarecimentos em relação a reportagem publicada pela revista Veja:

 

1.

O imóvel em que vive a família do ministro Antonio Palocci Filho em São Paulo foi alugado em 1º de setembro de 2007 por indicação da imobiliária Plaza Brasil, contatada para este fim.

 

2.

O contrato foi firmado em bases regulares de mercado entre Antonio Palocci Filho e os proprietários Gesmo Siqueira dos Santos, sua mulher, Elisabeth Costa Garcia, e a Morumbi Administradora de Imóveis.

 

3.

O contrato foi renovado em 1º de fevereiro de 2010 entre Antonio Palocci Filho e a Morumbi Administradoras de Bens, sucessora da Morumbi Administradora de Imóveis.

 

4.

Os alugueis são pagos regularmente através de depósitos bancários, dos quais o ministro dispõe de todos os comprovantes.

 

5.

O ministro e sua família nunca tiveram contato com os proprietários, tendo sempre tratado as questões relativas ao imóvel com a imobiliária responsável indicada pelos proprietários.

 

6.

O ministro, assim como qualquer outro locatário, não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador.

 

7.

A revista não informou o teor da reportagem ao ministro ou a sua assessoria, motivo pela qual estes esclarecimentos não constam da reportagem.