Em ligações telefônicas interceptadas pela inteligência da polícia de São Paulo, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) são ouvidos preparando ataques para a Copa do Mundo de 2014 e para as eleições. A ameaça da PCC é motivada pela possível transferência da liderança da facção para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. As informações são do UOL Notícias.

Além de prometer uma "Copa do Mundo do terror", os bandidos também planejam uma greve branca nos presídios, impedindo a inclusão de novos detentos na cadeia, se recusando a serem fechados nas celas e paralisando o trabalho nas prisões onde existem oficiais. Em caso de intervenção do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ou da Tropa de Choque, os detentos da facção pretendem começar atentados nas ruas.

"O clima é muito tenso na região. Eles estão transmitindo as ordens pelos celulares porque querem que a gente saiba", afirmou um dos 23 promotores dos Grupos de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) do estado de São Paulo que assinaram a denúncia contra os 175 acusados de pertencem à organização criminosa.

As orientações foram dadas a partir de telefonemas dados pelos líderes presos na enitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista. As novas ordens da organização criminosa surgiram depois de a defesa de criminosos como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefão do PCC, ter acesso aos detalhes da investigação realizada por três anos contra o crime organizado. Grande parte do mapeamento das ações do PCC foi feito com a colaboração de PMs.

Em 2012, 106 PMs foram assassinados por ordem da facção. "Passei uma mensagem aos meus homens para que eles redobrem a atenção no atendimento das ocorrências, quando estacionam os carros e no caminho para casa", afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira.

*iBahia.