Ela diz que matou por conta de um namoro terminado, mas família da vítima contesta versão e diz que suspeita perseguia universitária

Bianca Mantelli Pazinatto

A adolescente de 17 anos que confessou matar uma universitária em Jataí (Goiás), disse à Justiça em depoimento nesta segunda-feira (5) que bucou na internet instruções para planejar o crime. "Planejamos como se mata uma pessoa na internet", disse a menor, segundo a Folha Online.

O corpo da universitária Bianca Mantelli Pazinatto, 18, foi encontrado pela polícia embaixo da cama da adolescente. Inicialmente, a menor disse que matou Bianca porque ela se teria terminado um relacionamento que as duas tinham, mas a família da vítima questionou a informação. A polícia suspeita que a adolescente era apaixonada pela universitária e matou por ser rejeitada.

No quarto da adolescente, a polícia encontrou um caderno com anotações sobre o crime, incluindo uma lista de itens que deveriam ser usados, como luvas, clorofórmio, fita e facas. As anotações tinham também instruções como "Depois da ação, tirar a luva, colocar no saco, pegar o celular" e "Carregamos a infeliz até o local e queimamos". Uma carta de amor também foi localizada.

A adolescente disse ainda em depoimento que outra adolescente de 16 anos, também apreendida, foi quem esfaqueou Bianca, "por amizade" à suspeita. A outra menor se negou a prestar depoimento à Justiça.

Crime passional

A adolescente continua sustentando que namorava Bianca, mas as duas terminaram e sem conseguir reatar ela planejou a morte da universitária. A família de Bianca diz que isso é mentira e que a adolescente na verdade perseguia a estudante de biomedicina, que tinha namorado.

Mensagens trocadas por meio do aplicativo para smartphones WhatsApp foram uma das principais fontes de informação para a Polícia Civil de Goiás esclarecer, em menos de 12 horas, o assassinato. Na manhã do mesmo dia, Bianca havia trocado mensagens pelo WhatsApp com a suspeita de 17 anos. Elas haviam marcado um encontro.

Ao sair de casa, Bianca deixou o celular. À tarde, quando os parentes procuraram a polícia para dizer que Bianca estava desaparecida, os investigadores localizaram o telefone e leram suas conversas no WhatsApp, chegando à adolescente.

Correio*