Um homem identificado como Renato Fragata, 30 anos, foi preso acusado de estuprar mais de 60 adolescentes nos municípios de Iranduba e Parintins, no Amazonas.

Segundo informações da polícia, o acusado seduzia as vítimas envolvendo práticas de magia negra. Ele ainda é acusado de divulgar imagens pornográficas dos rituais na internet.

A série de crimes iniciou no ano de 2013 em Parintins. Lá, segundo a polícia, o suspeito teria estuprado mais de 50 garotas. Após responder por cinco inquéritos e ser solto, ele teria voltado a agir em Iranduba há três meses, onde cometeu mais 12 delitos. A polícia ainda investiga mais seis casos em Iranduba. No dia 4 de dezembro, Renato foi preso em Parintins por meio de mandado de prisão expedido pela juíza Rosália Guimarães, da 1ª Vara Judicial de Iranduba.

Em coletiva de imprensa no 31° Distrito Integrado de Polícia (DIP), o delegado Paulo Mavignier afirmou que todas as vítimas eram meninas e tinham entre 13 e 17 anos. Segundo ele, o homem convencia as vitimas a ter relações sexuais para fazer parte de um grupo de rock.

"Ele abordava as vítimas em escolas e as reunia na casa dele e em cemitérios. Depois dizia que tinha uma banda rock e de bruxaria, mas pra elas fazerem parte tinham que cumprir alguns requisitos. Isso envolvia duelo de orações, beber sangue de animais como gato e cabra. Pra pular essas etapas e ir pra última, as vítimas tinham que fazer sexo com ele", relatou.

Publicava fotos em rede social

Segundo o delegado, o suspeito ainda possuía um grupo fechado em uma rede social onde publicava fotos dos rituais. "Era uma espécie de registro dos rituais que ele compartilhava com as integrantes desse grupo". Mavignier ainda acrescentou que outras meninas podem ter sido vítimas do auxiliar de obras. "Acredito que com a divulgação possam existir mais vítimas. Espero que elas procurem a delegacia para que possamos tirá-lo de uma vez das ruas", afirmou.

Renato irá responder pelos crimes de estupro de vulnerável, corrupção de menores e exposição de imagens de adolescentes na Internet. Ele deve continuar detido na delegacia do município à disposição da Justiça.