Foto: Reprodução/Correio

Uma guarnição da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) prendeu quatro pessoas na manhã desta sexta-feira (11) durante o protesto de rodoviários na Estação Pirajá. Os detidos não eram rodoviários e reclamavam da falta de ônibus na estação.

Segundo a 48ª CIPM, um grupo se revoltou contra a paralisação dos trabalhadores e depredou ônibus na Estação Pirajá. Algumas pessoas fizeram ameaças a rodoviários e tentaram incendiar veículos. Entre os envolvidos, foram presos o ajudante de pedreiro Dêivide Alves Barbosa Bacelar, o sucateiro Jeferson, um garçom de nome Tiago, e Jamilton Oliveira.

Os quatro foram detidos por volta de 8h30 e encaminhados para a 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves), onde a polícia descobriu que Jamilton Oliveira tinha um mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio.

Sem protestos marcados

A paralisação de ônibus nas Estações Mussurunga e Pirajá foi encerrada no início da tarde de hoje e, segundo o presidente do sindicato dos rodoviários, Hélio Ferreira, os veículos já voltaram a circular normalmente na cidade.

O presidente do sindicato também assegurou que não há mais nenhum protesto agendado pela categoria, mas alertou que "as manifestações podem ser espontâneas e o sindicato tem que estar do lado do trabalhador".

Na manhã desta sexta, os ônibus com destino à Estação Mussurunga foram recolhidos para a garagem, deixando o local sem os coletivos. Algumas das pessoas que foram para a estação durante a manhã para aguardar o transporte público precisaram recorrer à táxis e mototáxis.

Gratificações

Os protestos de rodoviários que acontecem desde a última sexta-feira (4) são motivados pela falta do pagamento das gratificações do Carnaval prometidas pela prefeitura aos trabalhadores da categoria.

Em nota divulgada hoje, a prefeitura declara que o pagamento do convênio "depende exclusivamente da solução de pendências documentais por parte da entidade sindical. Os recursos estão assegurados e disponíveis para o repasse assim que as pendências forem sanadas".

O presidente do sindicato dos rodoviários tenta marcar uma reunião de emergência com o prefeito ACM Neto e representantes dos empresários do sistema de transporte rodoviário. Hélio Ferreira defende que a responsabilidade de pagar a gratificação do Carnaval aos trabalhadores deve ser transferida aos empresários. "Não achamos que o convênio tenha que ser feito mais entre a prefeitura e a gente, mas sim entre os empresários e a prefeitura", declarou. Com informações do Correio.