Nei, que estava sendo procurado desde o dia do crime, e a vítima: fim de namoro e ameaças

O suspeito de matar o técnico agrícola Maurício José Sanches de Oliveira, 49 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (26), no município de Jequié, a 365 km de Salvador. O confeiteiro Nei da Silva Andrade, 28, estava escondido na casa da mãe, no distrito de Itamarindo.

A prisão foi realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio 55ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM – Ipiaú), após uma denúncia anônima.

A casa foi cercada pela polícia durante a madrugada. No início da manhã desta sexta (26), os policiais bateram à porta do imóvel e chamaram o confeiteiro, que não reagiu a prisão. “Ele não esboçou nenhuma reação e até confessou o crime para um dos policiais, mas falou que não tinha intenção de matar o rapaz", diz um policial que não quis ser identificado.

A polícia acredita que Nei fugiu para Valença após o crime e, em seguida, foi levado para Jequié por um familiar. Há quatro dias, o serviço de inteligência da 55ª CIPM estava investigando a denúncia nas proximidades da casa.

"Uma pessoa comentou que ele estava nesta casa. Nós fizemos algumas fotos e vídeos, mas ele não saiu em nenhum momento. Hoje conseguimos encontrá-lo", explica o policial.

Nei tinha um mandado de prisão temporária em aberto, solicitado à Justiça pelo delegado da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Reinaldo Mangabeira. Ele teria feito ameaças ao ex-companheiro após o fim do relacionamento de três anos.

O crime aconteceu em 14 de abril, no bairro do Rio Vermelho, no apartamento onde Maurício morava. O vigilante da rua afirmou à polícia ter visto o confeiteiro circular pelo prédio. O corpo foi encontrado no final da tarde do dia 16, pela prima da vítima, em estado de gigantismo, no chão da sala.

O último sinal de vida de Maurício foi às 21h, ainda no dia 14, quando falou ao telefone com um irmão e marcou de encontrá-lo em Feira de Santana no dia seguinte.

Em depoimento à polícia, familiares relataram que a vítima já vinha sendo ameaçado por Nei. Uma prima chegou a dizer que foi levada à Itapuã e o primo apontou o imóvel onde o suspeito morava dizendo: “Se alguma coisa vier a acontecer comigo, o culpado é Nei”.

O suspeito apareceu no hotel onde trabalha, no Campo Grande, no dia 15. Ele disse que se ausentaria por alguns dias por conta de um ferimento na mão causado por uma tentativa de assalto.

Nei será apresentado à imprensa, na segunda-feira (29), no auditório do DHPP, na Pituba.

Com informações Correio