Foi determinado que sejam retiradas as celas da carceragem da cadeia pública de Itinga, a 27ª Delegacia, em Lauro de Freitas, . A decisão foi da juíza da Vara do Júri e Execuções Penais, Jeine Vieira Guimarães.

A unidade tinha sido interditada no último dia 16, por falta de condições na infraestrutura do prédio, além de superlotação, com 59 presos onde caberiam 16. Tinha sido determinada a transferência dos internos que estavam na cadeia e ficou proibida a entrada de novos.

“Era uma delegacia que estava numa situação muito ruim. Já havia uma ação da Defensoria Pública pedindo interdição. E mesmo assim, os presos continuavam sendo enviados para lá. Ficou parecendo uma cela de urgência. E eu soube hoje que já tinham dez presos lá, mas ainda não fui verificar”, afirmou a juíza ao site Bocão News.

Jeine comentou ainda que esse problema não é exclusivo da unidade. “Preso não era para ficar em delegacia. A unidade é para investigar os crimes, no entanto, não há em Salvador e na Região Metropolitana local para os presos provisórios. Compete a ele [governo] a construção de um presídio, a reforma dessas delegacias e não ao judiciário, o qual não tem como resolver essa questão de superlotação”.

Na última vistoria realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia 11 de julho, foram encontrados objetos proibidos e a carceragem foi considerada como "precária, insalubre, incapaz de albergar seres humanos", em situação que expõe a riscos, tanto os custodiados como os servidores públicos que lá trabalham, "diante da iminência de uma rebelião".

Redação Bahia no Ar