A posse dos novos secretários do governo de Jaques Wagner deve ser discreta com apenas ênfase política para as cerimônias envolvendo os titulares do PR e do PTB, partidos que não tinham cargos na gestão. O governador sinalizou no último sábado (18), antes de viajar para cumprir agenda na China e no Japão, que não tivesse ato político por se tratar de “uma troca de continuidade”.

A maioria dos cargos é para continuar a gestão, sem aqueles que manifestaram interesse em disputar um cargo na eleição deste ano, e o que ficou acordado é que se fosse ter algum ato, que fosse interno.

“O fundamental é ir trabalhando”, teria dito o governador à sua equipe. Entretanto, fontes ligadas à Tribuna afirmam que o governo vai tomar a decisão hoje [segunda-feira] sobre fazer ou não ato político, mas a intenção é ser algo coletivo.

“Via de regra são substituições naturais, digamos assim, e que tem uma situação especial no caso do PR e do PTB. Mas a ideia não é fazer muita espuma sobre isso, vai ser uma coisa bem discreta, fazer uma posse coletiva, cada um deve fazer posses internas nas suas secretarias.

Até porque não chega a ser uma reforma administrativa como outrora, na verdade os secretários estão se afastando para serem candidatos e os substitutos estão sendo nomeados”. As nomeações já foram divulgadas no Diário Oficial do final de semana.

Mudanças confirmadas

Com a saída de Jorge Solla para ser candidato a uma vaga na Câmara Federal, assume a Secretaria de Saúde o chefe de gabinete Washington Couto.

O PDT continua com a pasta de Ciências, Tecnologia e Inovação (Secti), já que Paulo Câmara (PDT) vai disputar uma cadeira na Assembleia, assume a ex-vereadora de Salvador, Andréa Mendonça.

O chefe de gabinete da Seagri, Jairo Carneiro, que substitui Eduardo Salles (PP), já assume nesta segunda, em ato interno, às 15h30. Salles deixa o cargo para também concorrer a uma cadeira na Assembleia. No mesmo ato, o superintendente de Atração de Negócios da Seagri, Jairo Vaz, assumirá a chefia de gabinete.

O governador petista nomeou ainda o vice-presidente da seção baiana da Associação Brasileira de Agências de Viagem, Pedro Galvão, cota do PR, do ex-governador César Borges, atual ministro de Dilma, para o comando da Secretaria de Turismo (Setur). “Temos a perspectiva de continuar os projetos em curso como o Prodetur Nacional, que investirá R$ 200 milhões na requalificação da Baía de Todos-os-Santos, vamos acompanhar as obras da Feira de São Joaquim e ampliar a oferta de voos nacionais e internacionais para garantir o aumento do fluxo turístico em toda Bahia”, afirma o já secretário Pedro Galvão.

Ainda de acordo com informações apuradas pela Tribuna, os casos do PR e do PTB, que fica com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), gestão coordenada pelo agora ex-vereador Edvaldo Brito (PTB), fazem parte do pacote de reforma administrativa.

O PR, por sua vez, já convoca para um ato político em apoio ao pré-candidato do governador Wagner para sua sucessão, Rui Costa, para o dia 10 de fevereiro.

A Tribuna contatou a assessoria de imprensa do partido e a informação foi confirmada.

“Os deputados José Rocha, Carlos Bacelar e Reinado Braga convocam vereadores e prefeitos do interior para o ato. Sobre a posse de Pedro [Galvão] ainda terá um contato primeiro com Wagner para saber o que será realizado”, confirma a assessoria.

As mudanças no governo seguem ainda com as tidas como internas. Cícero Monteiro, que estava na pasta de Desenvolvimento Urbano (Sedur), vai assumir o lugar de César Lisboa, que sai da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) para assumir a de Combate à Pobreza (Sedes).

A ex-prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, que estava na Sedes, vai para as eleições tentar uma cadeira na Câmara Federal.

Os secretários Rui Costa (Casa Civil), Otto Alencar (Infraestrutura) e Robinson Almeida (Comunicação) permanecem no cargo, mesmo eles sendo candidatos a governador, senador e deputado federal, respectivamente. As informações são do Tribuna da Bahia.