Após os aumentos do combustível, cesta básica, da conta de energia, e água, o consumidor baiano pode se preparar para mais um acréscimo que vai pesar, e muito, no bolso. A partir do dia 31 de março, os medicamentos sofrerão um reajuste médio de 4% – os de uso contínuo entre 4% e 5%.

Neste ano, com as modificações no cálculo utilizado para determinar o preço destes produtos, a expectativa do governo é de que haja uma maior concorrência na indústria farmacêutica. “Apesar deste aumento, que tem todos os anos, ele ainda será abaixo da inflação”, garantiu o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba), Luiz Trindade.

No entanto, ainda de acordo com ele, o reajuste deve incidir mais nos medicamentos de marca, dando um espaço para uma maior produção de genéricos. “Já existe uma política, há cinco anos, que autoriza este tipo de aumento”, salientou. O novo cálculo leva em consideração alguns fatores como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o da produtividade repassado ao consumidor, o de ajuste de preços relativos entre setores – como o da energia –, além do fator de ajuste de preços relativos do próprio setor de medicamentos, que é estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).