O Conselho de Segurança Nacional americano confirmou nesta quarta-feira, 20, que é autêntico o vídeo divulgado por jihadistas do Estado Islâmico que mostra a decapitação do jornalista americano James Foley.

O presidente Barack Obama comentou após o assassinato de Foley que “o mundo inteiro está horrorizado” e que os Estados Unidos vão continuar enfrentando o terrorismo e fazer o que for necessário para proteger os americanos.

Um dia após a divulgação da gravação, os serviços de segurança dos EUA e do Reino Unido tentam verificar a identidade do executor, que aparece nas imagens falando em inglês com sotaque britânico. A situação levou o premier britânico, David Cameron, a interromper suas férias.

— Nenhum Deus justo apoiaria o que eles (jihadistas) fizeram ontem (terça-feira) e o que eles fazem todos os dias — disse Obama, que chamou o Estado Islâmico de um “câncer”. — Quando as pessoas ferem americanos em qualquer lugar, nós fazemos o que for necessário para que a justiça seja feita. É necessário um esforço conjunto para remover esse câncer e impedir que ele se espalhe. Deve haver uma clara rejeição a esse tipo de ideologia niilista.

— O Estado Islâmico rapta mulheres e crianças, tortura, estupra, escraviza e mata pessoas. Tem como alvo cristãos e outras minorias e pretende cometer genocídio. O Estado Islâmico não fala por nenhuma religião — acrescentou Obama.

A rede ABC, citando um funcionário do alto escalão do governo americano, afirmou que o Estado Islâmico tinha recentemente ameaçado matar o jornalista em vingança aos ataques dos Estados Unidos contra o grupo no Iraque. Segundo a reportagem, a Casa Branca estava ciente da ameaça antes da divulgação do vídeo na terça-feira, supostamente produzido na Síria.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou o crime de abominável e pediu justiça.

— O secretário-geral condena nos termos mais fortes o terrível assassinato do jornalista James Foley, um crime abominável que ressalta a campanha de terror que o Estado Islâmico continua travando contra o povo do Iraque e Síria — afirmou a porta-voz da ONU Stephane Dujarric. — Os responsáveis por este e outros crimes hediondos devem ser levados à Justiça.

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Postado por Maíra Lima com informações de O Globo