O vereador Marco Prisco, um dos líderes da greve da PM, foi transferido neste domingo, 20, para uma cela individual no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Seus advogados de defesa haviam denunciado que ele estava em uma cela com 16 criminosos de alta periculosidade.

Prisco foi transferido depois que a Aspra pediu ajuda à ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon (PSB) e ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Também participaram o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), e o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB).

A direção da asssociação comanda por Prisco temia que ele fosse reconhecido pelos presos na próxima terça-feira, 22, dia de visita para os detentos. O habeas corpus pedido pelos advogados continua aguardando julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia deverá analisar o pedido.

Controvérsia

Apesar da afirmação feita pela Aspra e confirmada pelo diretor Ivan Leite, ainda há controvérsias sobre a situação do vereador dentro do presídio. Em contato com o A TARDE na noite deste domingo, por volta de 20h30, o advogado de defesa Dinoemerson Tiago, que está em Brasília, revelou que Prisco ainda permanecia na cela com os outros 16 presos.

O advogado informado que Prisco está "bastante abatido pelas circunstâncias da prisão. Ele nunca pensou que seria preso assim, com mais de cinquenta policiais, helicópteros, parecia guerra. E ele estava celebrando o feriado da Páscoa com os (três) filhos menores".

Prisco responde a uma ação penal por oito crimes relacionados à greve de 2012, quando também ficou à frente da liderança do movimento. (A Tarde)