Professores das redes municipal e estadual de ensino devem aderir à paralisação nacional, que ocorre na próxima segunda, 17, terça, 18, e quarta-feira, 19, conforme informaram os representantes da categoria.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) enviou, na quarta, 12, dois dias após o início do ano letivo, ofício ao secretário municipal da Educação, Jorge Khoury, informando sobre a adesão dos docentes da capital ao movimento.

A paralisação foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Entre as reivindicações, destacam-se a exigência pelo cumprimento da lei do Piso, Carreira e Jornada e votação imediata do Plano Nacional de Educação.

Os docentes também exigem investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública.

Nos três dias de mobilização, os docentes pretendem fazer diversas manifestações em Salvador e no interior do estado, entre debates e caminhadas. [Confira programação completa abaixo]

Custo aluno

A mobilização foi anunciada pelo presidente da CNTE, após o Ministério da Educação orientar, em dezembro do ano passado, a atualização do piso para 2014 em 8,32%.

Conforme a APLB, o reajuste salarial leva em conta a estimativa de custo aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O critério utilizado pelo MEC para atualizar o piso, em 2014, compara a previsão de custo aluno anunciada em dezembro de 2012 (R$ 1.867,15) com a de dezembro de 2013 (R$ 2.022,51), sendo que o percentual de crescimento entre os valores foi de 8,32%. Com isso o piso foi reajustado para R$ 1.697,37.

No entanto, assim como no ano passado, a CNTE questionou o percentual de correção do piso para esse ano, uma vez que, conforme a Confederação, "dados já consolidados do FUNDEB, até novembro de 2013, apontavam um crescimento do valor mínimo de aproximadamente 15%".

A CNTE orientou as entidades filiadas a ingressarem na justiça local contra os governadores e prefeitos que mantêm a aplicação dos percentuais considerados defasados para o piso do magistério.

Programação dos docentes em Salvador e no interior durante greve:

Dia 17 de março (segunda):

Dentro das atividades planejadas para os trabalhadores em educação da Rede Municipal, ocorrerá um debate com o tema “Conjuntura e Plano de Carreira”, às 09 horas –No Colégio Central (Nazaré);

Na Rede Estadual as manifestações da Paralisação Nacional neste dia se concentram em todo o interior do estado da Bahia.

Grande caminhada das mulheres pelas ruas do Centro de Salvador. A concentração está marcada para às 15 horas, no Campo Grande, de onde a manifestação segue em direção à Praça Castro Alves. O evento é construído por todo o movimento feminista da Bahia e atrai centenas de pessoas todos os anos.

Dia 18 de março (terça):

Manifestação de todos os trabalhadores em educação, redes estadual e municipal, às 9 horas, na Praça da Piedade, em Salvador

Dia 19 de março (quarta):

Seminário “50 Anos do Golpe Militar”, às 9 horas, no Colégio Central, em Nazaré.

*A Tarde